Em 1º de novembro de 1922, morria o escritor e jornalista Lima Barreto

Publicado em 01/11/2021 - 18:26 Por Rádio Nacional - Brasília

Em 1º de novembro de 1922, o Brasil perdeu um dos seus maiores escritores: Afonso Henrique de Lima Barreto. 

Lima Barreto nasceu na cidade do Rio de Janeiro no dia 13 de maio de 1881 - sete anos antes da libertação dos escravos. De origem humilde, as dificuldades durante a infância se agravaram ao ficar órfão de mãe. Lima Barreto concluiu o secundário do Pedro II, colégio da elite literária da época. Com a ajuda do padrinho, o Visconde de Ouro Preto, entrou na Escola Politécnica do Rio de Janeiro, onde começou o curso de engenharia. 

Em 1904, Barreto foi obrigado a abandonar os estudos para sustentar os irmãos. O pai havia enlouquecido e a família ficou sob a responsabilidade dele. Em 1905, Lima Barreto trabalhou como jornalista do Correio da Manhã - mas foi na literatura que ele se tornou conhecido por enfrentar os donos do poder. 

A obra de estreia foi As recordações do escrivão Isaías Caminha. O livro aborda o papel da grande imprensa na estrutura de poder, mostra as manipulações das notícias e também o preconceito racial na sociedade brasileira. É uma obra em tom autobiográfico: Lima Barreto era mulato e, por causa da cor da pele, sofreu discriminação. 

Outra obra muito conhecida de Lima Barreto é Triste fim de Policarpo Quaresma - história de um idealista apaixonado pelo Brasil, que vê suas ideias e seu sentimento de patriotismo virarem motivo de piada e de isolamento. Lima Barreto conviveu com críticos que desaprovavam seu texto devido ao uso do português mais coloquial, típico da imprensa. Mesmo assim, sua forma de escrever influenciou os escritores modernistas. 

Com a saúde debilitada por causa do alcoolismo, Lima Barreto morreu de ataque cardíaco, aos 41 anos de idade, no dia 1º de novembro de 1922 - nove meses depois da Semana de Arte Moderna. O escritor carioca Lima Barreto deixou uma obra de 17 volumes, entre contos, crônicas e ensaios. 

História Hoje 

Apresentação: Dilson Santa Fé 

Sonoplastia: Messias Melo

Edição: Nathália Mendes

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