A tecnologia de transmissão e recepção das ondas de rádio se modificou bastante ao longo do século 20, promovendo também mudanças nas formas de consumo e na programação do veículo.
Até os anos 1940, pesados receptores ocupavam lugares de destaque na sala das casas de quem os podia adquirir e recebiam sua programação de notícias e entretenimento em ondas curtas ou em amplitude modulada, nosso conhecido am.
No final dos anos 1940, duas novas tecnologias começaram a transformar o conteúdo do rádio: o desenvolvimento da televisão e a descoberta da frequência modulada, com o nascimento do rádio em fm.
No Brasil , o impacto da televisão no meio rádio começou a ser sentido na década de 1950. Já o rádio fm chegou por aqui um pouco depois, a partir dos anos 1970.
As décadas de 1970 e 1980 testemunharam a criação de um padrão de programação, no qual as emissoras em am dedicavam mais tempo à notícias, debates e outras formas de rádio mais afeitas à fala, enquanto as crescentes emissoras em fm se voltavam à programação musical, com emissoras disputando diferentes segmentos. Da música clássica ao rock.
A informatização das redações e o rádio via satélite foram fatores de mudança da década de 1990.
Mais recentemente, o desenvolvimento da internet, as transmissões digitais e a migração do rádio am para faixas estendidas em fm estão, mais uma vez, alterando as formas de produção e as propostas de conteúdo das emissoras de rádio.
Nesses mais de 100 anos de transformações tecnológicas, seja em am, fm, por satélite ou internet, o rádio segue resistindo e se reinventando, mantendo uma audiência significativa e uma grande importância para a divulgação de informação e cultura.
Cem anos em 100 programas
Até 7 de setembro, a Rádio MEC vai produzir e transmitir, diariamente, interprogramas com entrevistas e pesquisas de acervo sobre diversos aspectos históricos relacionados ao veículo.
A ideia é resgatar personalidades, programas e emissoras marcantes presentes na memória afetiva dos ouvintes. Acompanhe na Radioagência.