As chamadas rádios livres são um modelo de comunicação que ganhou muita popularidade a partir da década de 1970 e consistem em um movimento alternativo de democratização radiodifusora.
Conhecidas como rádios piratas, esses meios surgiram em barcos no Mar da Inglaterra para evitar a legislação do continente e por isso ganharam esse nome popularmente.
Muitas vezes, as rádios livres são confundidas com as rádios comunitárias, que surgem como um modelo de rádio livre atrelado a uma localidade ou grupo específico.
No entanto, as comunitárias já são reguladas desde 1998, enquanto as rádios livres ainda resistem à legislação.
Um exemplo de rádio livre no Brasil é a rádio muda, estabelecida no interior da torre de caixa d’água da Unicamp, em Campinas. A rádio resiste no ar há 30 anos, apesar da universidade ter lacrado o espaço de transmissão.
É com o contexto da internet e da modernização que as possibilidades para prolongar a lógica da rádio livre, mesmo que perpetuada de outras formas.
Apesar dos enormes desafios enfrentados pelas rádios livres, seja pelas questões legais ou comerciais, os ideais da contracultura em veículos alternativos ainda resistem na sociedade.
Cem anos em 100 programas
Até 7 de setembro, a Rádio MEC vai produzir e transmitir, diariamente, interprogramas com entrevistas e pesquisas de acervo sobre diversos aspectos históricos relacionados ao veículo.
A ideia é resgatar personalidades, programas e emissoras marcantes presentes na memória afetiva dos ouvintes. Acompanhe na Radioagência.