Polícia paulista conclui investigação do assassinato de delator do PCC

A Polícia Civil paulista concluiu a investigação do assassinato de Vinícius Gritzbach. O ex-colaborador e delator da facção PCC foi executado a tiros no Aeroporto de Guarulhos, em novembro do ano passado.
Segundo a polícia, a motivação do crime foi vingança. Gritzbach teria mandado matar dois aliados do grupo criminoso na região metropolitana de São Paulo.
Seis pessoas foram indiciadas por envolvimento no assassinato dele, entre elas três policiais militares, que estão presos. A Polícia Civil pediu a conversão da prisão temporária desses agentes para preventiva.
Três pessoas estão foragidas: os líderes do PCC e mandantes do crime Emílio Carlos Gongorra Castilho, conhecido como Cigarreira, e Diego dos Santos Amaral, conhecido como Didi; e o informante Kauê do Amaral Coelho, que monitorou o delator e avisou os agentes da PM que mataram Gritzbach.
Mais duas pessoas foram indiciadas por ajudarem os criminosos na fuga.
Vinicius Gritzbach era réu por homicídio e acusado de envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro para a organização criminosa PCC. No ano passado, ele havia assinado uma delação premiada com o Ministério Público e entregou o nome de pessoas ligadas à facção, além de acusar policiais de corrupção.
O delator foi morto a tiros na área externa do Aeroporto de Guarulhos, em 8 de novembro de 2024. Câmeras de segurança gravaram a ação dos criminosos. Um motorista de aplicativo que trabalhava no local também foi atingido e morreu.
Até agora, 26 pessoas já foram presas por envolvimento no caso, sendo 17 policiais militares e cinco civis. Outras quatro pessoas presas são suspeitas de terem alguma relação com o homem que teria atuado como “olheiro” no dia do crime.
De acordo com a Polícia Civil, um valor milionário foi oferecido pelos traficantes para a execução do delator. Os valores exatos são apurados em um segundo inquérito, sobre a rede de apoio ao crime.





