O sucesso do curso de extensão sobre gastronomia preta, oferecido pela graduação em Gastronomia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pode levar a instituição a incluir a disciplina culinária africana definitivamente na grade curricular.
A formação foi oferecida para alunos negros matriculados na instituição e também para moradores pretos e pardos da periferia da região metropolitana do Rio de Janeiro,
Atualmente, a culinária africana é uma disciplina eletiva, mas, segundo a UFRJ, pode se tornar obrigatória a partir de uma reforma curricular do curso de Gastronomia.
Idealizado pelo professor Breno Cruz, do Departamento de Gastronomia da UFRJ, e conduzido em parceria com o Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro e a rede de hotéis Hilton, a primeira edição do Pretonomia ou Gastronomia Preta, teve 218 inscritos para 21 vagas. As três semanas de aula terminaram no início deste mês e renderam ao curso o prêmio de Melhor Projeto de Impacto Social da rede Hilton das Américas.
Para Breno, além de acolher alunos pretos e pardos que entram no curso de Gastronomia, o curso reforça que é possível a formação profissional em gastronomia para pessoas das periferias.
Além das aulas teóricas sobre a culinária afro-brasileira, sua diversidade, sabores, influências e religião, de marketing, empreendedorismo e cidadania; os alunos tiveram aulas práticas na cozinha do Hotel Hilton, em Copacabana, com chefs do Brasil e de Moçambique.
De acordo com o professor Breno, o próximo curso deve acontecer em maio do ano que vem.