“Ai! que saudade da Amélia”. O samba que criou um modelo de mulher no imaginário brasileiro teve como compositor Ataulfo Alves, em parceria com Mário Lago. Nascido em Miraí, Minas Gerais, no dia 2 de maio de 1909, filho de repentista, Ataulfo Alves de Sousa foi autor de vários clássicos da música e construiu uma carreira com grande reconhecimento nacional.
Ataulfo era um dos sete filhos de Severino de Sousa e Matilde de Jesus. O menino admirava o pai que tocava viola e sanfona. E, aos 8 anos, já fazia repente. Depois da morte do pai, começou a pegar pequenos trabalhos para ajudar a mãe, sem deixar a escola.
Aos 18 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro e foi trabalhar como ajudante de um médico. Depois, arrumou um emprego em uma farmácia e aprendeu a manipular medicamentos. Na capital, passou a frequentar rodas de samba e logo assumiu a harmonia do bloco “Fale quem quiser”, no Bairro do Catumbi.
Nos anos 30, o jovem mineiro foi apresentado ao diretor de uma grande gravadora e começou a ganhar dinheiro com a sua arte. Seu primeiro samba “Tempo Perdido” foi lançado por Carmen Miranda.
Ataulfo tornou-se um dos maiores compositores de samba do país com mais de 200 canções. Fez parcerias com outros grandes artistas como Sílvio Caldas, Jacob do Bandolim e Wilson Batista.
Ataulfo Alves morreu em 1969, aos 59 anos, no Rio de Janeiro, em consequência de uma úlcera.
História Hoje
Redação: Beatriz Evaristo
Edição: Paula de Castro
Sonoplastia: Jailton Sodré.
Apresentação: José Carlos Andrade
Publicação Web: Marizete Cardoso
