Um passageiro e uma câmera no convés de um navio: foi assim que nasceu o cinema do Brasil. Em 19 de junho de 1898, Afonso Segreto fez as primeiras imagens em movimento da Bahia de Guanabara no Rio de Janeiro, o pioneirismo transformou a data no Dia do Cinema Brasileiro. O italiano radicado no Brasil voltava de uma viagem à França onde tinha aprendido técnicas de filmagem e comprado equipamentos para gravações.
Três anos antes, em 1895, os irmãos Auguste e Luz Lumiere apresentaram o cinematógrafo na França. No Brasil, a tecnologia chegou em 1896 por meio de uma exibição. No Rio de Janeiro, no ano seguinte, a capital carioca ganhou uma sala fixa de cinema instalada por Pascoal Segreto, mas a estreia de um longa-metragem produzido no Brasil só aconteceria mais de uma década depois.
Em 1914, chegou às telonas o filme 'O Crime dos Banhados' sobre uma chacina no interior do Rio Grande do Sul. Em 1954, foi realizado o Festival Internacional de Cinema do Brasil em São Paulo para divulgar a produção cinematográfica nacional. Em 1965, a então nova capital Brasília passou a ser uma referência cultural com o tradicional Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Em 1973, o cinema nacional ganhou um festival em Gramado com direito a estatueta própria, o Kikito.
O cinema brasileiro também conquistou o reconhecimento fora do país. 'O Cangaceiro' de Lima Barreto deu ao Brasil o primeiro prêmio internacional, o filme venceu na categoria aventura e melhor trilha no Festival de Cannes de 1953. Em 1960, o longa 'Orfeu Negro' ganhou a estatueta do Oscar de melhor filme estrangeiro, mas apesar de ter sido gravado no Brasil com atores brasileiros em língua portuguesa, o filme foi considerado uma produção francesa por causa da nacionalidade do diretor. Em 1963, 'O Pagador de Promessas' tornou-se a primeira produção brasileira a ser indicada ao Oscar na categoria de melhor filme estrangeiro.
História hoje:
Redação: Beatriz Evaristo
Sonoplastia: Jailton Sodré
Edição: Paula de Castro
Apresentação: José Carlos Andrade.