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Direitos Humanos

Identificação das ossadas de Perus será retomada após 24 anos

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Magda Calipo
02/09/2014 - 09:45
São Paulo

A retomada dos trabalhos de identificação dos restos mortais exumados de uma vala clandestina no Cemitério de Perus, na capital paulista, vai ser anunciada, oficialmente, nesta quinta-feira. O ato, que vai acontecer na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, lembra ainda os 24 anos da descoberta das ossadas, entre as quais devem estar vítimas da ditadura militar de 1964.

 

A vala clandestina de Perus foi descoberta em 1990. Mais de mil ossadas foram encontradas ali. Na época, a prefeitura determinou a apuração dos fatos e fez um convênio com a Universidade Estadual de Campinas (a Unicamp) para a identificação das ossadas, mas o trabalho foi interrompido. Os ossos foram levados, em 2001, para o Cemitério do Araçá, onde estão guardados até hoje.

 

Agora com a retomada dos trabalhos, a análise do material será possível graças a um convênio entre a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos de São Paulo e a Universidade Federal de São Paulo (a Unifesp).

 

Desde julho, uma equipe de pesquisadores tem feito uma compilação de informações para definir as possíveis vítimas enterradas na vala clandestina.

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