Mulher transexual consegue transferência no trabalho após sofrer constrangimento
A auxiliar de serviços gerais Selen Rufino Soares, de 45 anos, que denunciou à Coordenadoria de Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio que estava sendo obrigada a usar o banheiro masculino, mesmo tendo identidade de gênero feminina, vai trabalhar a partir desta quarta-feira (13) no Museu do Amanhã.
A informação foi confirmada pelo Coordenador de Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio,
Nélio Georgini, que acionou a empresa CNS, onde Selen trabalhava lotada no hospital Central do Exército, e negociou a mudança de local de trabalho da auxiliar.
Selen denunciou que um superior tinha ordenado que ela utilizasse o banheiro masculino há três plantões.
Nesta segunda-feira (11), após reunião na coordenadoria, ela declarou que estava se sentindo sem dignidade pelo fato de a situação estar acontecendo mesmo após ela ter realizado formalmente a mudança de identidade na certidão de nascimento.
Ela relatou passar por constrangimentos no vestiário no início e no final dos turnos, quando os trabalhadores têm que trocar de roupas.
Em nota enviada à Agência Brasil, a empresa CNS afirmou que reconhece o direito da funcionária de utilizar o banheiro feminino e que o funcionário responsável pela ordem não agiu conforme posicionamento da empresa e será buscado para esclarecimentos.
De acordo com a Coordenadoria de Diversidade Sexual, a empresa já tem outros profissionais transexuais e transgêneros em seu quadro e foi parceira na busca de uma solução que evitasse maiores constrangimentos.
Com informações de Vinicius Lisboa da Agência Brasil, Da Rádio Nacional no Rio de Janeiro, Raquel Júnia.