Raquel Dodge alerta para riscos que defensores de direitos humanos sofrem no Brasil
Com uma fala focada na defesa das minorias e no ataque à corrupção, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, participou, na manhã desta quinta-feira, da reunião do Conselho Nacional de Direitos Humanos. O mais alto cargo da PGR tem assento como titular no conselho, mas Dodge foi a primeira procuradora geral a ir pessoalmente a uma reunião do colegiado.
Esta sinalização está alinhada com as mudanças que ela fez ao assumir a PGR, criando a secretaria de Direitos Humanos e Defesa Coletiva, ligada ao seu gabinete, e também uma secretaria de mesmo nome no Conselho Nacional do Ministério Público (CNPM).
Raquel se apresentou como defensora de direitos humanos e alertou para os riscos que correm os defensores no Brasil. A procuradora-geral falou, ainda, que, na sua gestão, vai lembrar que a corrupção afeta os direitos fundamentais e que o direito penal também é um instrumento de proteção.
A procuradora pontuou, ainda, que é preciso resolver problemas antigos que são os mesmos de quando ela, no início dos anos 2000, foi segunda suplente no Conselho Nacional de Direitos Humanos, como o controle da atividade policial, a violência no campo e urbana, a iniquidade do que se passa nas prisões brasileiras, a agressão à liberdade de expressão e aos defensores de direitos humanos. Raquel finalizou dizendo que é importante estreitar os laços do CNDH e os órgãos do Ministério Público que tratam do assunto.