Há sete meses os parentes de crianças e adolescentes perderam uma importante ferramenta na busca por entes: o Cadastro Nacional de Desaparecidos. O site que consolidava os dados e fotos de pessoas sumidas foi retirado do ar para manutenção.
Segundo o Ministério dos Direitos Humanos, mantenedor do cadastro, a plataforma passará por uma reformulação. Os dados analisados pela pasta revelam que desde a sua criação em 2010, o site recebeu 957 registros de crianças e adolescentes.
Porém, apenas 250 registros estavam habilitados com informações completas e contatos atualizados. Além disso, dos cadastros válidos, 161 já haviam sido localizados. Apenas 89 continuavam desaparecidos.
Mesmo funcionando de forma deficitária, a retirada do cadastro causou impacto às famílias que procuram por familiares. De acordo com Ariel de Castro Alves, advogado e Coordenador da Comissão da Criança e do Adolescente do Conselho Estadual de Direitos Humanos, o cadastro fora do ar dificulta ainda mais a busca pelos desaparecidos.
Para Ariel, a falha no Cadastro Nacional dos Desaparecidos revela a dificuldade que o Estado tem em dar assistência às famílias e aos desaparecidos:
Em nota, o Ministério dos Direitos Humanos ainda não tem dados consolidados de quantas pessoas, por estado, já foram localizadas com o auxílio do Cadastro Nacional de Desaparecidos., O prazo para que o cadastro volte a funcionar não foi divulgado pela pasta.