Famílias acolhedoras são alternativa a abrigos para crianças e adolescentes

Crianças e adolescentes

Publicado em 21/06/2020 - 08:29 Por Dayana Vítor - Brasília

Cerca de 1300 crianças e adolescentes em todo o Brasil que estavam em abrigos, vivem em casas de famílias acolhedoras que recebem ajuda financeira para cuidar desses menores por um tempo determinado. Tudo previsto no Estatuto da Criança e Adolescente

 

Enquanto não conseguem um lar para chamar de seu, cerca de 1300 menores que viviam em abrigos em todo o Brasil, estão em famílias acolhedoras. Mas o que é isso? É uma iniciativa prevista no Estatuto da Criança e Adolescente e disponibilizada pelo Sistema Único de Assistência Social, onde famílias dispostas a dar amor, carinho e educação cuidam dessas crianças de forma temporária. O prazo para essa convivência é de seis meses.

 

Para ajudar nas despesas desse novo ou novos  integrantes da família  é concedido um auxílio financeiro. Em geral, o valor gira em torno de um salário mínimo. Esse dinheiro serve para pagar alimentação, roupas, transporte, lazer.

 

O governo federal envia verba para municípios implementarem a política. Ainda é possível obter isenção de impostos, por exemplo. Organização não governamentais também podem oferecer o projeto. Mas é tudo facultativo.

 

É bom saber que essas famílias acolhedoras não podem ter a pretensão de adotar. Os interessados em receber um menor em casa precisam passar por rigorosos critérios para integrar a inciativa, como explica o diretor do Departamento de Proteção Social Especial da Secretaria Nacional de Assistência Social do Ministério da Cidadania, Danyel Iório.

 

"Cada família passa por um rigoroso processo de seleção. A família é avaliada, treinada e recebe a autorização para se tornar uma família acolhedora, sempre tentando evitar que a gente selecione famílias com motivações equivocadas", esclarece.

 

Mais de 500 municípios já dispõem do programa. Por exemplo, em Fortaleza, capital do Ceará, 11 núcleos familiares já acolhem 15 menores de idade, alguns são irmãos. Aqui no Distrito Federal, pelo menos 11 famílias já participaram.

 

Todos os projetos de famílias acolhedoras seja de governos ou de ONGs precisam ser legalizados junto ao Conselho Municipal dos Direitos das Crianças e Adolescentes,como destaca o secretário especial de programas do Conselho Nacional de Justiça, Richard Poe Kim.

 

"Em ambos os casos deve haver uma inscrição do programa no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, especificando qual é o regime de atendimento, como haverá o registro dessas inscrições. Esse serviço tem que trabalhar juntamente com o sistema de justiça do Conselho Tutelar", explica.

 

Mesmo com todas as regras e exigências, existem 1400 famílias acolhedoras em todo o Brasil. Para a iniciativa dar certo, coordenadores, psicológos, assistentes sociais acompanham de perto as iniciativas Brasil afora.

Últimas notícias
Esportes

Saiba os resultados dos principais campeonatos de futebol pelo Brasil

Estão definidos os finalistas para quartas de final da Copa do Nordeste. 

Baixar arquivo
Internacional

Lula e Macron assinam acordos, com destaque para o meio ambiente

Presidentes do Brasil e da França comentaram sobre as eleições venezuelanas. Lula disse ter ficado surpreso com o fato de a candidata da oposição ao presidente Nicolás Maduro, Corina Yoris, não ter conseguido registrar sua chapa.

Baixar arquivo
Geral

Papa Francisco lava pés de 12 detentas em Roma

Na abertura das celebrações da Semana Santa, o Papa Francisco pediu aos integrantes da igreja para evitarem a desonestidade e a hipocrisia.

Baixar arquivo
Geral

Favela Bairro deixou legado na infraestrutura do Rio de Janeiro

O programa foi implementado em 1994 e extinto em 2008. Calcula-se que, no total, mais de 150 comunidades foram contempladas por algum tipo de obra. 

Baixar arquivo
Saúde

Dengue: vacinação pode levar até 8 anos para reduzir transmissão

Diretor-geral da Organização Pan-americana da Saúde destacou que, por se tratar de uma vacina recém-aprovada por agências de vigilância sanitária, é importante que os sistemas de saúde nas Américas monitorem o cenário.

Baixar arquivo
Economia

Banco Central revisa para cima expectativa de aumento do PIB

A economia deve crescer ainda mais neste ano, de acordo com o Banco Central. No Relatório de Inflação, publicado nesta quinta-feira (28), a entidade revisou a expectativa de aumento do PIB de 1,7 para 1,9%.

Baixar arquivo