Covid-19: agentes de saúde são alvos de ataques em mais de 40 países

Em Bangladesh, lá na Ásia, tijolos foram lançados contra a casa de um médico, depois da confirmação que ele estava infectado pela Covid-19. A ideia dos agressores era que o profissional e sua família deixassem a área. Já na Colômbia, aqui na América do Sul, moradores de uma cidade impediram de forma violenta que ambulâncias entrassem na região para identificar casos de Covid-19.
Esses são alguns dos 611 incidentes violentos contra profissionais da saúde que ocorreram em mais de 40 países, identificados pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha nos primeiros seis meses da pandemia do novo coronavírus. A maioria dos episódios envolveu violências físicas, depois discriminação por medo, agressões verbais e ameaças.
Os dados foram coletados de 1 de fevereiro até o dia 31 de julho. Eles foram obtidos por meio de relatos entregues ao comitê, por outras organizações, notícias e em redes sociais na África, Américas, Ásia e Oriente.
A assessora para questões em assistência à saúde em perigo do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Ana Elisa Barbar, argumenta que esses episódios poderiam ser evitados com uma comunicação melhor sobre a doença.
Ana acrescenta que gestores precisam capacitar os profissionais de saúde para enfrentar episódios de violência.
Segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, os incidentes violentos contra profissionais da saúde ocorreram pelo medo que a Covid-19 se espalhasse nas comunidades. Nas situações em que pacientes e familiares estavam por trás da violência, as justificativas foram o medo da morte. A impossibilidade de despedida de forma habitual de um ente querido também motivou os ataques.





