Dia Nacional de Luta Contra a Violência à Mulher completa 40 anos

Mas, em meio à pandemia, casos de agressão disparam

Publicado em 09/10/2020 - 19:01 Por Kariane Costa - Brasília

Em 10 de outubro de 1980, um grupo de mulheres foi às ruas de São Paulo pedir um basta à violência contra a mulher. Já naquela época, a ativista Rachel Moreno lembra que as vítimas desse tipo de crime  não contavam com apoio e enfrentavam muitas vezes sozinhas e caladas os abusos e maus-tratos, principalmente dos companheiros. As poucas que tinham coragem de ir à delegacia para denunciar se sentiam constrangidas.

O ato em São Paulo, há 40 anos, foi o dia histórico que marcou o início da luta pelo fim  da violência contra a mulher no Brasil. Marca também as primeiras conquistas, uma instituição para acolher as  mulheres vítimas de violência,  chamada  SOS Mulher.

O local foi idealizado para receber vítimas  de abuso físico e emocional e para evitar histórias como a que sensibilizou Rachel Moreno.

Tempos depois, após o sucesso do movimento,  veio a primeira delegacia da mulher no Brasil.

De lá pra cá houve avanços nas políticas públicas, como a criação de centros de referência, casas abrigo com endereço não divulgado para que o agressor não localize a vítima, o reconhecimento do feminicídio e, é, claro a Lei Maria da Penha.

Mesmo com todas essas medidas de proteção à mulher, os casos de agressão dispararam em meio à pandemia de Covid-19.

De acordo com dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos houve um aumento de 14% no número de denúncias feitas ao Ligue 180 nos primeiros quatro meses de 2020 em relação ao ano passado, quase 33 mil registros.  

Para fazer uma denúncia ligue 180, o serviço funciona todos os dias, 24 horas e é de graça. A denúncia também pode ser feita on-line pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil e pelo site do Ministério da Mulher. Lembre-se: em briga de marido e mulher é preciso meter a colher sim!

Edição: Fabiana Pelles

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