Ato pede justiça contra assassinato que chocou o país, em Porto Alegre
Um ato pedindo justiça ocorreu na manhã desta sexta (20) e reuniu dezenas de militantes do movimento negro em frente ao local onde João Alberto foi assassinado. De acordo com Matheus Gomes, militante do movimento negro, vereador eleito por Porto Alegre e que estava no ato desta manhã, o assassinato é reflexo do racismo e desumanização dos negros que ocorre na sociedade brasileira
De acordo com a Brigada Militar do Rio Grande do Sul, na noite dessa quinta (19), após discutir com o caixa, João Freitas foi arrastado para fora e agredido pelos seguranças do supermercado. Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver um dos seguranças imobilizando João e o outro desferindo socos continuamente.
Em nota, a rede Carrefour lamentou o fato, afirmou que rompeu o contrato com a empresa de segurança, e que o funcionário que estava no comando da loja será desligado. A empresa ressaltou que em respeito à vítima, a loja onde ocorreu o crime será fechada e que ela entrará em contato com a família de João Alberto para dar o suporte necessário.
A Brigada Militar do Rio Grande do Sul, informou que um dos seguranças é policial militar e foi levado para um presídio militar. O outro segurança está preso na delegacia da polícia civil. Os suspeitos permanecem presos e serão investigados por homicídio qualificado.
De acordo com o Atlas da Violência de 2020, mais de 43 mil negros foram assassinados em 2018, ao passo que o número de homicídios entre os brancos no mesmo período foi de 12 mil. De acordo com o Atlas, os negros são 75% das vítimas de homicídio no Brasil.
