RJ teve 3 registros de possível intolerância religiosa por dia em 2020
Três casos que podem estar relacionados a intolerância religiosa foram registrados por dia nas delegacias do Rio de Janeiro no ano passado. No total foram 1.355 registros, a maior parte de injúria por preconceito, quando uma pessoa é discriminada em razão da sua raça, cor, etnia ou religião.
Mas o Instituto de Segurança Pública (ISP), responsável pelo levantamento, também contabilizou 23 casos já registrados como ultraje a culto religioso, quando há a ridicularização pública, o impedimento ou a perturbação de alguma cerimônia religiosa.
Os dados foram divulgados às vésperas do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, celebrado nesta quinta-feira (21).
O ISP destaca que este tipo de agressão é comumente subnotificado, ou seja, nem sempre é denunciado às autoridades. O babalaô Ivanir dos Santos, representante da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa, também ressalta essa subnotificação, especialmente com relação aos religiosos que são ameaçados por grupos criminosos.
Mas o babalaô saúda a elaboração do levantamento inédito, já que ele oferece mais um subsídio para a intervenção das autoridades.
Todos os anos a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa realiza uma caminhada para incentivar a convivência pacífica entre as diversas religiões, mas por causa da pandemia de Covid-19, a programação nesta quinta-feira será virtual.
Ao longo do dia serão realizadas as mesas redondas do quarto Seminário sobre Liberdade Religiosa, Democracia e Direitos Humanos, pelas redes sociais do Centro Cultural da Justiça Federal e do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas.
Já a celebração inter-religiosa do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa será exibida pelo Facebook da Comissão. A data também será marcada pelo lançamento da frente parlamentar que vai tratar do tema na Câmara de Vereadores da Capital.