Após 29 anos, um garimpeiro condenado pelo genocídio de indígenas Ianomâmis foi preso pela Polícia Federal em Roraima. Em nota, a PF informou que soube que o homem chegaria a Boa Vista pela rodoviária e solicitou apoio da Polícia Militar, que o prendeu num supermercado, nessa quinta-feira (05).
Segundo a PF, o condenado, que estava foragido, foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanece à disposição da justiça.
Em 1993, doze Ianomâmis foram mortos por garimpeiros que atuavam ilegalmente na região próxima à fronteira com a Venezuela. Entre os mortos estavam mulheres e crianças. O caso ficou conhecido como Massacre de Haximu.
No mesmo ano, o Ministério Público Federal denunciou vinte e quatro garimpeiros. No entanto, apenas cinco deles estavam plenamente identificados, entre eles Eliézio Monteiro Neri.
O crime foi a julgamento três anos depois, e a Justiça entendeu que o caso se tratava de tentativa de extermínio da etnia. Em 2006, após disputas judiciais, o Supremo Tribunal Federal confirmou, por unanimidade, a condenação, pela Justiça Federal de Boa Vista, de quatro garimpeiros denunciados por crime de genocídio.
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