O comitê de crise coordenado pela Polícia Federal no Amazonas informou, neste domingo (19), que outras cinco pessoas estão sendo investigadas por envolvimento nas mortes do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista Dom Philips. Esses investigados teriam participado da ocultação dos corpos.
Outras três pessoas já se encontram presas. Neste sábado (18), a justiça do Amazonas decretou a prisão temporária por trinta dias de Jeferson da Silva Lima, conhecido como Pelado da Dinha.
Além dele, já tinham sido presos Amarildo da Costa Oliveira, vulgo Pelado, e o irmão dele, Odenei, conhecido como Dos Santos.
Jeferson teve um mandado de prisão expedido pela justiça na sexta-feira e chegou a ser considerado foragido.
Mas ele se entregou no sábado na delegacia de Atalaia do Norte. Até o momento, apenas Amarildo confessou o crime.
Foi ele quem indicou a localização dos restos mortais de Bruno e Dom.
A análise dos peritos da Polícia Federal confirmou a identidade dos restos mortais encontrados no local indicado por Amarildo como sendo do indigenista e do jornalista.
Ambos foram mortos com munição de caça. Segundo o laudo, Bruno foi atingido no tórax e na cabeça e Dom foi baleado no tórax. Os dois foram identificados pela arcada dentária, sendo que a confirmação de Dom se deu também pelas impressões digitais.
Além dos oito investigados, a polícia prossegue com os trabalhos para descobrir os motivos e com a busca pela embarcação em quem estavam Bruno Pereira e Dom Philips.
O indigenista e o jornalista inglês, correspondente do jornal The Guardian no Brasil, estavam desaparecidos desde 5 de junho na região do Vale do Javari, no oeste do Amazonas.