O dia 4 de novembro é conhecido como o dia da favela. Em Paraisópolis, segunda maior favela de São Paulo, o dia foi marcado por festas e debates sobre o protagonismo das periferias na sociedade brasileira.
Há 122 anos o dia 4 de novembro é o Dia da Favela. É que foi nesta data, no ano de 1900, que a palavra favela foi usado a primeira vez em um documento oficial.
Foi um chefe de polícia que usou o termo para se referir ao conjunto de habitações precárias que formavam uma comunidade do Morro da Providência, no Rio de Janeiro. Mas a origem da expressão é um pouco mais antiga. Surgiu do nome de uma planta medicinal conhecida como faveleira e que era abundante no povoado de Canudos, na Bahia, e que em 1897 foi palco de um dos maiores massacres de pessoas pobres da história brasileira. 25 mil pessoas morreram.
De lá para cá a palavra favela nunca ficou livre do estigma.
É é para mudar essa imagem que em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, o dia está sendo marcado por eventos culturais e muito debates com o tema “Empreender é de Favela”.
Um dos convidados para o evento foi Murilo Duarte, que cresceu na favela Jardim João 23, na zona oeste de São Paulo, e é um dos criadores do projeto “Favelado Investidor”. Ele deu dicas de educação financeira para quem está habituado a ficar de fora desse tipo de discussão:
As atividades acontecem no Pavilhão do G10, em Paraisópolis e começaram cedo. Desde as NOVE da aconteceram oficinas e debates sobre o empreendedorismo, foi divulgada uma pesquisa inédita sobre o perfil sociodemográfico das duas maiores favelas de São Paulo: Heliópolis e Paraisópolis, e nesse momento acontence um show da MC Suuh Collins e do rapper Tonyy Mon. O encerramento vai ser daqui a pouco, as SETE da noite, com um show do rapper Projota.