SP: Mapa da Desigualdade mostra distância entre ricos e pobres
A Rede Nossa São Paulo divulgou nesta quarta-feira o novo Mapa da Desigualdade da Capital Paulista. A 10ª edição do levantamento feito nos 96 distritos da maior cidade da América Latina mostra que tem sido difícil diminuir a distância entre ricos e pobres.
O Jardim Ângela, na periferia de São Paulo, é o bairro mais negro da cidade. 60% das pessoas que moram na região são pretas ou pardas. Dez vezes mais que o bairro mais branco, Moema, onde menos de 6% são negros.
No Jardim Paulista, região central, a expectativa de vida é de 80 anos. No Iguatemi, 59.
O bairro com o maior número de crianças é Parelheiros, no extremo sul, onde 12% tem menos de 6 anos. O bairro com menos é famoso pelos imóveis de alto padrão, Alto de Pinheiros, com 5,4%.
Na Vila Andrade, um terço das casas estão em Favelas. E dos 96 distritos da cidade, apenas 10 não tem habitações precárias.
Quem mora em Pinheiros gasta, em média, 25 minutos para se deslocar da casa pro trabalho. Três vezes menos do que os moradores de Marsilac, no extremo sul, que gastam 73 minutos.
Em 29 distritos da cidade mais rica do país as pessoas tem que andar mais de um quilômetro para encontrar um ponto de ônibus ou uma estação de trem.
E enquanto no rico Itaim Bibi existem mais de 50 antenas de internet móvel para cada 10 mil habitantes, no Jardim Helena, extremo leste da cidade, não chega a uma.
Os números estão no Mapa da Desigualdade produzido pela Rede Nossa São Paulo. O levantamento começou a ser feito em 2012. Para Jorge Abrahão, coordenador do Instituto Cidades Sustentáveis, o mapa mostra que as diferenças persistem.
O idealizador do monitoramento é o empresário Oded Grajew. Ele explicou porque acha mais fácil enfrentar a pobreza do que a desigualdade.
As diferenças entre ricos e pobres não é um problema só de São Paulo. Segundo o IBGE, o Brasil é o NONO país mais desigual do mundo. Aqui 1% dos mais ricos ganha 38 vezes mais do que os 50% mais pobres.