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Direitos Humanos

Caso Dom e Bruno: 8 meses após mortes, indígenas ainda sofrem ameaças

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Letycia Bond - Repórter da Agência Brasil
16/02/2023 - 16:51
São Paulo
Manifestação em São Paulo após a morte do jornalista Dom Phillips e do ingenista Bruno Pereira no Amazonas
© REUTERS/Carla Carniel/Direitos reservados

O assassinato do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips completou oito meses e, ainda hoje, lideranças indígenas do Vale do Javari, no Amazonas, sofrem ameaças de morte.

Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (15), representantes da Univaja, União dos Povos Indígenas do Vale do Javari, disseram que têm cobrado do poder público soluções para coibir crimes como o garimpo ilegal, o comércio ilegal de madeira, o desmatamento e a caça e a pesca ilegais.

Para isso, as lideranças defendem que a Polícia Federal aprofunde investigações e vá além dos casos que se tornam notícia. 

Outra demanda da Unijava é a adaptação de regras de segurança à realidade da Terra Indígena do Vale do Javari, onde vivem cerca de 6,3 mil pessoas, de 26 povos, divididas em 64 aldeias.  
Esse aspecto tem sido destacado à Força Nacional, conforme disse Beto Marubo, integrante da entidade.
 
No próximo dia 27 de fevereiro, uma comitiva de autoridades do governo federal deve se deslocar até a região.

E nessa terça-feira (16), o ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça, negou o pedido dos suspeitos pela morte de Bruno e Dom Philipps para serem transferidos para um presídio estadual, em Manaus. Com isso, Amarildo da Costa Oliveira, o "Pelado", Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”, e Jefferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”, seguem presos em penitenciárias federais.

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