O IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, reduziu o ritmo das operações na terra indígena Yanomami devido às ações policiais e de emergência humanitária. No entanto, os trabalhos não foram completamente suspensos, de acordo com a assessoria de imprensa do IBGE.
Algumas equipes seguem trabalhando em áreas que têm acesso por rio ou por terra e naquelas onde não estão ocorrendo operações policiais.
Por outro lado, a coleta foi suspensa nas áreas de garimpo, onde os policiais estão atuando, devido ao risco para os recenseadores. O mesmo aconteceu nas áreas só acessíveis através de aeronaves. Nesse locais, a coleta foi suspensa devido à prioridade para o trabalho humanitário de remoções e suprimento de material para a terra Yanomami.
Um dos funcionários que continua trabalhando nesse território é Tony Gino Rodrigues, um indígena da etnia macuxi que trabalhou por 12 anos como agente de saúde na terra yanomami.
Ele trabalha não apenas como recenseador mas também como guia de outros profissionais, já que conhece a floresta.
Na última terça-feira (14), depois de uma reunião com a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho, anunciou que as Forças Armadas iniciarão, no dia 6 de março, uma ação logística especial para auxiliar a realização do censo nas terras Yanomami. De acordo com o IBGE, pouco mais de 50% dos setores censitários já foram concluídos.