Jovem indígena morre com tiro na cabeça durante retomada de terra

Neri Guarani Kaiowá morreu durante a retomada da Fazenda Barra

Publicado em 19/09/2024 - 14:52 Por Gabriel Correa - repórter da Rádio Nacional - São Luís

Um jovem indígena foi morto com um tiro na cabeça na Terra Indígena Ñande Ru Marangatu, em Mato Grosso do Sul, nessa quarta-feira(18). Neri Guarani Kaiowá, de 23 anos, morreu durante a retomada da Fazenda Barra, realizada por policiais militares no município de Antônio João.

A área havia sido retomada pelos Guarani Kaiowá na semana passada. Os indígenas têm denunciado as agressões nos últimos dias. Outras três pessoas também ficaram feridas por balas de borracha e munição letal.

Segundo o secretário estadual de Segurança Pública, cerca de 100 policiais militares cumpriram a ordem judicial para manter a segurança na Fazenda Barra, sobreposta à Terra Indígena.

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, entrou em contato com o governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, reforçando o pedido para que o policial que deu o disparo seja afastado e responsabilizado pela morte.

A Terra Indígena Ñande Ru Marangatu tem uma população de 1,3 mil pessoas e foi declarada em 2002. Entretanto, o processo de demarcação está judicializado.

A Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso do Sul reafirmou que não deve haver qualquer medida de posse contra os indígenas. Entretanto, informou que alguns indígenas tinham armas de fogo e que "facções criminosas" estão interessadas na área por causa do tráfico de drogas.

Para o secretário-executivo do Conselho Indigenista Missionário, Luis Ventura, as forças de segurança pública estão exercendo a função de segurança privada para atender a interesses particulares. Ventura alega que a decisão judicial não era de despejo nem reintegração. Além disso, o secretário do Conselho disse que o corpo do jovem assassinado foi removido com a intenção de destruir provas.

O Ministério de Direitos Humanos tem atuado na área por meio do Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos, Ambientalistas e Comunicadores. Dos 41 casos em acompanhamento, 35 estão relacionados ao povo Guarani Kaiowá.

*Com informações da Agência Brasil 

Edição: Roberta Lopes / Liliane Farias

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