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Economia

Centrais sindicais se dividem sobre mudanças trabalhistas

Negociação
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Lucas Pordeus Leon
22/12/2016 - 20:29
Brasília

As cinco maiores centrais sindicais do país comentaram as medidas que mudam regras trabalhistas divulgadas nessa quinta-feira pelo governo federal. Umas comemoraram, outras pediram cautela e teve a que fez duras críticas.

 

As centrais Força Sindical e a CSB, a Central dos Sindicatos Brasileiros, elogiaram as medidas. O secretário-geral da Força Sindical, Carlos Juruna, disse que é positiva a valorização do acordo coletivo, fruto da negociação entre trabalhadores e patrões.

 

O presidente do CSB, Antônio Neto, comentou que todas as medidas anunciadas foram negociadas previamente com eles.

 

Já a Nova Central e a UGT veem com cautela as mudanças. O presidente da Nova Central, José Calixto, reclamou que o governo não apresentou as alterações propostas com antecedência. O sindicalista informou que a central vai se reunir no próximo dia 11 para estudar as propostas e ter uma posição mais firme.

 

Já o presidente da UGT, a União Geral dos Trabalhadores, Ricardo Patah, comentou que por ter sido um projeto de lei e não uma medida provisória, que tem efeito imediato, a reforma trabalhista ainda vai poder ser alterada no congresso, o que seria positivo. Mas para o sindicalista, ainda é preciso mudar pontos para que o trabalhador não seja prejudicado.

 

Já a CUT, Central Única dos Trabalhadores, foi a mais crítica. O presidente Wagner Freitas comentou nas redes sociais que a medida é um pacote de maldades.

 

Em nota, a CUT afirmou que o projeto é ineficaz porque não ataca o problema do desemprego, autoritário porque não negociou com todas as centrais e inoportuno, por ter sido apresentada na véspera do Natal.

 

Para esta central, a maioria dos trabalhadores está desprotegida de sindicatos ou com sindicatos fracos, o que poderia prejudicar funcionários em uma negociação direta com os patrões.

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