Trocando em Miúdo: Salário-mínimo completa 77 anos de criação no dia 2 de julho

Trocando em Miúdo

Publicado em 30/06/2017 - 02:15 Por Apresentação Eduardo Mamcasz - Brasília

Olá, prezada pessoa ouvinte e cidadã.

 

Neste dia 2 de julho, próximo domingo, o salário-mínimo brasileiro completa 77 anos de criação. Ele entrou em vigor em 1940, mas então com valores diferentes em 22 regiões do Brasil, ao contrário de hoje, quando ele é um só, nacional.

 

Mas a história do nosso salário-mínimo começa, de fato, na Constituição de 1936, no Artigo 121, depois regulamentado, em 1938, até que, no famoso dia 1º de maio de 1940, foi anunciado pelo então presidente Getúlio Vargas.

 

Vamos conhecer, então, a longa vida do nosso salário-mínimo, que começa a valer mesmo no dia 2 de julho de 1940, com o historiador Ricardo Barros. Pela ordem, professor, lá em 1940, ele valia quanto?

 

Pulando para os dias de hoje, o salário-mínimo nacional, é único, mas, na verdade, se a gente pegar os R$ 937, com ele tem como comprar mais coisas no Piauí, por exemplo, do que em São Paulo.

 

Voltando no tempo, professor Ricardo Barros. Lá em 1936, na discussão para criar o salário-mínimo fizeram uma pesquisa para saber o que ele deveria pagar. Discussão que, por sinal, também existe nos dias de hoje. Mas, lá atrás, o que a pesquisa descobriu, em 1936?

 

E já no ano de 1943, três anos depois do nascimento do nosso salário-mínimo, acontece a primeira revisão. A distância entre o maior e o menor estava muito grande. Mas, 20 anos depois, em 1963, governo do presidente Jango, um ano antes do golpe militar, havia 38 salários-mínimos diferentes no Brasil, não é professor Ricardo Barros?

 

1983. Cai para três a quantidade de salários-mínimos por região. E chegamos na Constituinte de 1988. Daí para cá, um só salário-mínimo, nacional. Fechando a prosa. Fala-se muito, hoje em dia, que o salário-mínimo foi ficando desvalorizado ao longo dos anos. A inflação foi ganhando. Tanto que o professor Ricardo Barros tem uma sugestão. Reajustar mais vezes do que apenas uma vez por ano.

 

Mas é bom lembrar, professor, que essa sua sugestão nada tem a ver com aquela hiperinflação que tinha no governo Sarney, quando foi criado o gatilho salarial. O salário aumentava todo mês, mas não adiantava nada.

 

Então, tá. Inté e axé.

 

 

 

Trocando em Miúdo: Quadro do programa "Em Conta", da Rádio Nacional da Amazônia. Aborda temas relacionados a economia e finanças, traduzidos para o cotidiano do cidadão. É distribuído em formato de programete, de segunda a sexta-feira, pela Radioagência Nacional. Acesse aqui as edições anteriores.

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