A empresa brasileira Embraer e a norte-americana Boeing anunciaram, nessa quinta-feira (21), que estão avaliam uma potencial combinação de negócios.
A informação foi confirmada em comunicado conjunto publicado pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos. De acordo com o texto, as bases da negociação ainda estão em discussão.
O comunicado informa que os possíveis negócios estariam sujeitos a aprovação do governo e agências reguladoras do Brasil, e também dos respectivos conselhos e acionistas da Embraer.
Questionado por jornalistas, no Palácio do Planalto, O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, evitou comentar o assunto e disse que não é adepto de movimentações excessivas em cima de boato.
De acordo com notícia do The Wall Street Journal publicada nessa quinta-feira, a companhia americana pretende assumir o controle da Embraer. Segundo a reportagem, a Embraer receberia um ágio relativamente alto pelo negócio.
A possibilidade da venda da empresa brasileira foi repudiada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.
Para a entidade, que representa os trabalhadores da companhia, a Embraer é estratégica para o país e não pode ser vendida para capital estrangeiro.
Segundo o sindicato, a Embraer emprega hoje cerca de 16 mil trabalhadores no Brasil e já vinha adotando uma política de desnacionalização da produção.
Depois que as empresas confirmaram que estão negociando, as ações da Embraer na B3, antiga BM&F Bovespa, fecharam o pregão da quinta-feira com 22,5% de valorização, a maior do dia.