Donos de frigoríficos e governo do Tocantins devem se reunir nesta quinta em busca de um acordo
O consumidor do Tocantins enfrenta esta semana dificuldades para encontrar carnes em mercados e açougues.
Os frigoríficos do estado suspenderam na semana passada o abate dos animais, após uma portaria do governo estadual ter cancelado uma série de benefícios fiscais.
No último dia 4, uma decisão judicial em caráter liminar suspendeu a medida.
Nesta quinta-feira, dia 10, representantes do governo e dos frigoríficos devem se reunir em busca de um acordo.
Até lá, os estabelecimentos prometeram retomar o abate.
José Gonçalves Júnior, proprietário de uma casa de carnes em Palmas, chegou a fazer estoque do produto.
Ele conta que no início da semana solicitou 10 vacas para os fornecedores, mas recebeu apenas uma.
Agora, Gonçalves busca alternativas para garantir o abastecimento.
Sonora: “Como ninguém tem carne na cidade, a demanda é maior que a oferta. Eu já fiz um pedido em São Pauo que me entrega na quinta-feira aqui”.
De acordo com o governo do Tocantins, os 11 frigoríficos em atividade no estado estão com algum tipo de irregularidade fiscal.
Os autos de infração pendentes somariam cerca de R$ 57 milhões. Além disso, a Secretaria de Fazenda afirma que os benefícios fiscais para o setor chegaram a cerca de R$ 900 milhões nos últimos cinco anos. Ainda assim, Sandro Armando, secretário de Fazenda e Planejamento, afirma que existe espaço para negociação.
Sonora: “É óbvio que nós não estamos com as portas fechadas, queremos conversar e ouvir o lado de lá também para que a gente chegue em denominador de arrecadação para o estado.”
O governo tocantinense também informou que não cobra dos frigoríficos ICMS, Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, para energia elétrica, compra de maquinário ou exportação.
Procuramos o Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Tocantins mas, até o fechamento desta reportagem, não obtivemos retorno.