O PIB, Produto Interno Bruto, nacional caiu 1,5% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com o último trimestre de 2019. Em valores correntes, o PIB, que é a soma dos bens e serviços produzidos no Brasil, chegou a R$ 1,803 trilhão. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, a economia recuou 0,3%.
Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE e apontam que o resultado é consequência da pandemia do novo coronavírus. A queda do PIB no primeiro trimestre deste ano interrompe a sequência de quatro trimestres de altas seguidos e marca o menor resultado para o período desde o segundo trimestre de 2015, quando registrou queda de 2,1%.
Com isso, o PIB está em patamar semelhante ao que se encontrava no segundo trimestre de 2012. De acordo com o IBGE, a retração da economia foi causada, principalmente, pela redução de 1,6% nos serviços, setor que representa 74% do PIB. A indústria caiu 1,4%, enquanto a agropecuária cresceu 0,6%.
A pesquisa aponta também que a queda nos serviços foi puxada pelo resultado negativo de seis dos sete itens investigados. A única variação positiva veio das atividades imobiliárias. Já nas atividades industriais, todos os itens apresentaram taxas negativas, com destaque para o setor extrativo, com queda de 3,2%.
Os efeitos da pandemia influenciaram a queda de 2% no consumo das famílias, que contribui com 65% do PIB. Segundo o IBGE foi o maior recuo desde a crise de energia elétrica em 2001. O consumo do governo ficou praticamente estável, com taxa de 0,2% no primeiro trimestre deste ano, mesmo patamar do último trimestre de 2019.
A Formação Bruta de Capital Fixo, que são os investimentos, cresceu 3,1%, puxado pela importação de máquinas e equipamentos pelo setor de petróleo e gás, já que houve queda na produção nacional de máquinas e equipamentos.
As exportações de bens e serviços também foram impactadas negativamente por causa da pandemia da Covid-19. A queda foi de 0,9%, enquanto as importações cresceram 2,8%.