PNAD: Isolamento cai e tendência de alta na população ocupada continua
A taxa de desemprego na primeira semana de setembro ficou em 13,7%, o que equivalente a 13 milhões de pessoas. De acordo com o IBGE, isso representa uma estabilidade em relação à última semana de agosto. A população fora da força de trabalho, composta pelas pessoas que não estavam trabalhando nem procuravam emprego, também se manteve em 75 milhões. Desses, cerca de 17 milhões alegaram não trabalhar por causa da pandemia de coronavírus ou por não encontrar uma ocupação em seu local de moradia.
Os dados são da Pesquisa PNAD Covid Semanal, que vem medindo as consequências da pandemia no mercado de trabalho e no comportamento da população.
De acordo com a gerente da pesquisa, Maria Lucia Vieira, a alteração mais significativa nesta primeira semana de setembro foi a manutenção da tendência de aumento da população ocupada, que chegou a 83 milhões de pessoas.
A pesquisa identificou ainda que, apesar de boa parte dos brasileiros ainda manter as medidas de isolamento social, só saindo de casa para as necessidades básicas, essa proporção vem caindo. Na primeira semana de setembro, 86,4 milhões pessoas estavam nesta situação, o que representa 40,9% da população. No entanto, isso é 2,2 milhões pessoas a menos do que o detectado apenas uma semana antes.
Em compensação, o número de pessoas que reduziram o contato, mas continuaram saindo de casa e recebendo visitas, aumentou em 3,6 milhões, se tornando 38,2% da população.
Os dados mostram ainda que aqueles que não tomaram qualquer medida de restrição para evitar o contágio pelo novo coronavírus subiram para 5,9 milhões, o maior patamar desde que o IBGE começou a pesquisa, em julho. Na semana anterior, eram 5,0 milhões.