Os empresários estão de olho na crise hídrica do país e em um possível racionamento de energia que pode prejudicar a produção industrial. Um levantamento realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que nove em cada dez empresários estão preocupados e que o grande medo é que o custo da energia aumente. A maior parte das empresas ouvidas se preocupam também com racionamento e instabilidade no fornecimento de energia elétrica.
Roberto Wagner Pereira, especialista em energia da CNI, explicou que 2021 teve a pior quantidade de chuvas dos últimos 91 anos, o que gerou toda essa crise. Ele destaca que a possibilidade de racionamento de energia, num momento de recuperação da indústria que estamos vivendo, pode trazer muitos problemas para a produção do país.
Roberto Wagner disse que o governo já está tomando providências para minimizar os efeitos da crise hídrica, com importação de energia elétrica, contratação de térmicas e implementação de uma gestão de crise para driblar esses efeitos negativos. O especialista da CNI destacou que as indústrias precisam investir cada vez mais em programas de eficiência energética, o que deve ajudar na diminuição das perdas empresariais.
Ainda de acordo com a pesquisa, as principais medidas que os empresários disseram que devem adotar são, justamente, o aumento de investimentos em ações de eficiência energética e em autogeração de energia.
A consulta empresarial realizada pela CNI ouviu 572 empresas, sendo 145 de pequeno porte, 200 médias e 227 grandes. O campo foi realizado entre os dias 25 de junho e 2 de julho.
