Inflação medida pelo IPCA-15 encerra 2021 acima de 10%

Publicado em 23/12/2021 - 15:35 Por Fabiana Sampaio - Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) fechou 2021 em 10,42%, maior acumulado em um ano desde 2015, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O IPCA-15 é uma prévia do indicador oficial da Inflação no país, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e se refere ao consumo das famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos.

No mês de dezembro o IPCA-15  ficou em 0,78%, 0,39 ponto percentual abaixo da taxa de novembro. Em dezembro de 2020 o índice havia encerrado o último mês do ano em 1,06%. 

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, sete apresentaram alta este mês. Apenas Saúde e cuidados pessoais e Educação não registraram aumento.

O maior impacto e principal variação vieram, mais uma vez, dos Transportes, que encerraram o ano com alta acumulada de 21,35%. O resultado do grupo Transportes foi influenciado principalmente pelos preços dos combustíveis, em particular, da gasolina, que contribuiu com o maior impacto individual no índice deste mês. Também os preços do etanol e do óleo diesel pesaram no  IPCA-15, embora com variações menores que as do mês anterior.  

Outro destaque foram as passagens aéreas, com alta de 10,07%, após o recuo de -6,34% observado em novembro.

No grupo Habitação a maior contribuição veio da energia elétrica, com alta de 0,96%, cujo resultado ficou próximo ao do mês anterior.

Na sequência dos maiores impactos está o grupo Alimentação e bebidas. Segundo a pesquisa,  a alta de 0,35% se deve principalmente às refeições em casa. Café moído, frutas  e carnes também subiram em dezembro, após os recuos do mês anterior. Entre legumes, destaque para a  alta da cebola, enquanto  o tomate registrou queda.

A alimentação fora de casa, por sua vez, variou 0,08%.

O único grupo com queda em dezembro foi Saúde e cuidados pessoais, -0,73%. A variação negativa ocorreu, segundo o IBGE, por conta dos itens de higiene pessoal.   

Em relação  aos índices regionais, a pesquisa aponta que todas as áreas pesquisadas apresentaram alta em dezembro. A maior, na região metropolitana de Salvador, enquanto o menor resultado ocorreu na região metropolitana de Belém.

Edição: Jacson Segundo/Edgard Matsuki

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