O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, anunciou nesta quarta-feira (18) a criação do mercado regulador de crédito de carbono no Brasil.
O decreto, segundo ele, que deve ser publicado ainda nesta quarta, traz elementos inovadores e modernos, como o conceito de crédito de metano, e a possibilidade de registro de processos e atividades.
Ao participar da abertura do Congresso Mercado Global de Carbono, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, o ministro enfatizou que esta regulação estava sendo aguardada há 12 anos e citou a parceria do ministro da Economia, Paulo Guedes na elaboração.
Leite destacou, ainda, que a maturidade do mercado de carbono nacional virá com a aprovação do projeto de lei que será amplamente debatido com a sociedade no Congresso Nacional, mas que não tem dúvidas de que o Brasil será o maior fornecedor mundial de créditos.
Nesta mesma linha, o presidente do Banco do Brasil, Fausto de Andrade Ribeiro, lançou, na abertura do evento, um fundo de investimentos destinado a projetos de créditos de carbono, acessível a todos os clientes, que tenham interesse em compensar suas emissões e obter remuneração.
O Congresso Mercado Global de Carbono é promovido pelo Banco do Brasil e pela Petrobras e vai até sexta-feira (20).
Os presidentes do Banco Central, Roberto Campos Neto, e da Petrobras, José Mauro Ferreira, também estavam na mesa de abertura.
Nos três dias do congresso serão apresentados 24 painéis e 120 casos de sucesso de empreendedores verdes, além de sessões plenárias.
Participam lideranças empresariais, políticas e ambientais do Brasil e de outros países, discutindo projetos, de fontes de energia renovável e o papel do hidrogênio verde em uma matriz energética limpa para o Brasil.