Pesquisa do Ipea, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, divulgada nesta sexta-feira, estima que mais de 20 milhões de trabalhadores no Brasil estão em ocupações que poderiam ser realizadas remotamente.
O número representa quase um quarto das pessoas ocupadas no mercado de trabalho no país.
O perfil dos trabalhadores em home office potencial é composto por uma maioria feminina, de pessoas brancas, com ensino de nível superior completo e com idade entre 20 e 50 anos.
Mais da metade desses trabalhadores encontra-se na região Sudeste, aproximadamente 10,5 milhões de pessoas.
O Distrito Federal se destaca com o maior percentual potencial de teletrabalho entre as unidades federativas. Em contrapartida, o estado do Pará é o com o menor percentual.
Em relação às vantagens e desvantagens do trabalho home office, o pesquisador faz um balanço do que deve ser levado em consideração: “Há uma série de vantagens, por exemplo: redução de custos, seja redução de custos de transporte, aqueles que se transportam de maneira autônoma vão ter economia com o combustível. O número de horas perdidas para se deslocar também diminui e consequentemente a pessoa pode ter um horário de trabalho mais flexível, passar mais tempo com a família, tudo isso aumenta a produtividade. Mas há também algumas desvantagens,: a pessoa acabar trabalhando mais exatamente por faltar uma definição de horários, pode haver falta de estrutura de trabalho na residência.”
Por conta de dificuldades estruturais, o potencial de teletrabalho na zona rural corresponde apenas a 6,4 por cento dos trabalhadores do campo. O predomínio do teletrabalho é mesmo nas áreas urbanas do país.
*Com supervisão de Jacson Segundo