O presidente Luis Inácio Lula da Silva criticou, nesta segunda-feira (06), a taxa básica de juros da economia durante a posse de Aloizio Mercadante na presidência do BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
Na avaliação de Lula, não há explicação para que a taxa Selic esteja em 13,5% ao ano.
No dia 01 de fevereiro, o Copom, Comitê de Política Monetária, do Banco Central, indicou que os juros podem ficar altos por mais tempo que o previsto e não descartou a possibilidade de novas elevações caso a inflação não se encaminhe para o centro da meta.
Durante o discurso no BNDES, Lula ressaltou que a solução para os juros altos não passou pela independência do Banco Central, e que o problema é cultural e não combina com a necessidade de crescimento do país.
A Selic continua no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,5% ao ano. Pela quarta vez seguida, o Banco Central não mexeu na taxa, que permanece nesse nível desde agosto do ano passado. Antes disso, o Copom tinha elevado a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que começou em meio à alta dos preços dos alimentos, de energia e de combustíveis.