O ministro da Casa Civil, Rui Costa, defendeu que o Congresso Nacional volte a discutir a autonomia do Banco Central. O ministro criticou a decisão do Copom, Comitê de Política Monetária, de manter a taxa de juros em 13,75%.
A decisão do Banco Central de manutenção da taxa de juros vem causando desgaste com o governo desde a posse do presidente Lula. Ele defende que a Selic seja mais baixa para que a economia do país volte a crescer.
A autonomia do Banco Central foi aprovada pela Congresso Nacional em 2021. Ela garante que os diretores do banco tenham estabilidade durante seus mandatos, podendo ser exonerados apenas em caso de doença, condenação definitiva por improbidade administrativa ou quando comprovado desempenho insuficiente.
Para manutenção da elevada taxa de juros, o Banco Central justificou que o ambiente externo se deteriorou, com a quebra de bancos nos Estados Unidos e Europa. Além disso, o mercado interno estaria com indicativos acima da meta de inflação.
Rui Costa afirma que não é só o governo que quer a queda da taxa de juros.
O ministro da Casa Civil afirmou ainda que uma nova taxa limite para os juros do consignado para aposentados do INSS deve ser definida até a próxima terça-feira, na próxima reunião do Conselho Nacional de Previdência Social.
No dia 13 de março, o Conselho havia reduzido o limite da taxa de juros de 2,14 para 1,70%. O valor levou aos bancos, inclusive os públicos, a suspenderem os empréstimos consignados devido às condições definidas.