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Economia

Taxa de desemprego chega a 8,6%, o resultado é o menor desde 2015

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Cristiane Ribeiro - Repórter da Rádio Nacional
31/03/2023 - 11:00
Rio de Janeiro
Carteira de trabalho digital.
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

A taxa de desemprego no país voltou a subir no trimestre encerrado em fevereiro. Ficou em 8,6%, na comparação com o trimestre anterior, que foi de 8,1%. A alta ocorreu depois de seis trimestres de quedas consecutivas. Mesmo assim, é o menor resultado para o período desde 2015, quando a taxa ficou em 7,5%.

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), foram divulgados nesta sexta-feira (31) pelo IBGE e mostram que o número de desocupados cresceu 5,5% e chegou a 9,2 milhões de pessoas. Isto representa um acréscimo de 483 mil pessoas à procura por trabalho.

A coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, alega que esse crescimento da desocupação pode sinalizar uma característica do mercado de trabalho, já que na série histórica da pesquisa, todos os trimestres móveis encerrados em fevereiro são marcados pela expansão da desocupação, com exceção de 2022, que foi influenciado pela recuperação do trabalho pós-pandemia.

A pesquisa aponta que, nos meses de dezembro de 2022, e janeiro e fevereiro deste ano, o número de ocupados caiu 1,6%, o que significa menos 1,6 milhão de pessoas no mercado de trabalho frente ao trimestre anterior.

Adriana Beringuy explica que a retração da população ocupada está ligada tanto às dispensas dos trabalhadores temporários contratados no fim do ano quanto à maior pressão do mercado de trabalho após o período de festas.

O número de desalentados, aqueles que desistiram de procurar emprego, ficou estável quando comparado ao trimestre anterior, somando quatro milhões de pessoas.

Estabilidade também aconteceu com o rendimento médio real do trabalhador, frente ao trimestre encerrado em novembro de 2022: o valor ficou em R$ 2.853.

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