As indústrias brasileiras de motocicletas podem atingir uma produção recorde de 1,560 milhão de unidades até o final deste ano. Esse número superaria o de 2014, o maior da série histórica. Mas, para isso, é preciso que o cenário econômico siga favorável.
Foi o que disse Marcos Bento, presidente da Abraciclo, nesta segunda-feira (10), no balanço do primeiro semestre. O dirigente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares explica porque o setor de duas rodas está otimista com o desempenho em 2023.
Marcos Bento aponta que o setor de motos gera 150 mil empregos diretos no país, e se disse satisfeito com a aprovação, na Câmara dos Deputados, da garantia de manutenção da Zona Franca de Manaus pelos próximos 50 anos. A região concentra os fabricantes de motocicletas no Brasil.
Já no caso das bicicletas, a fabricação e a venda seguem em baixa desde a pandemia de covid-19. O vice-presidente do setor de bicicletas da Abraciclo, Ciro Gazola, informa que a projeção para este ano foi reduzida de 600 mil para 510 mil unidades, assinalando que em 2021 foram fabricadas quase 750 mil unidades no país.
Por isso, o dirigente relata que o setor ainda está cauteloso com o planejamento para o segundo semestre e para o ano que vem.
Ciro Gazola ressalta que um dos segmentos de bicicletas está tendo sucesso, ainda que modesto: a venda de bikes elétricas cresceu 0,3% no primeiro semestre.