Ao fim da Cúpula do Brics, bloco composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul os países-membros aprovaram a entrada de mais seis nações.
A entrada desses países no grupo dá mais representatividade global ao bloco. No entanto, temas como direitos humanos e mudanças climáticas geram preocupação.
O professor de Relações Internacionais da USP, Pedro Dallari, acredita que, com mais países que já foram denunciados por não respeitar os direitos humanos, o assunto deve ficar fora da agenda do Brics. E isso é um problema para o bloco.
Para Dallari, a China deve ser considerada a grande vencedora dessa expansão do Brics.
Um dos acordos dessa Cúpula do Brics trata do combate às mudanças climáticas. Mas, Arábia Saudita e Emirados Árabes, dois dos novos membros, são dependentes do petróleo.
Para o pesquisador do Observatório de Política Externa e Inserção Internacional do Brasil da Universidade Federal do ABC, Bruno Fabricio da Silva, esse compromisso pode ser fragilizado.
A entrada da Argentina pode ser benéfica para a relação entre argentinos e brasileiros, avalia Bruno Fabricio.
Com a entrada de Argentina, Etiópia, Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes e Irã, o Brics chega a 36% da economia e 46% da população mundial.