Porto Chibatão retoma operações após suspensão por seca do Amazonas

Após mais de um mês e meio parado por causa da seca histórica nos rios do Amazonas, foram retomadas as operações portuárias no Porto Chibatão, no Polo Industrial de Manaus. 

O primeiro navio, vindo de Fortaleza, atracou na quarta-feira para o abastecimento do comércio e indústria. Outras embarcações vindas do Porto de Santos, em São Paulo, e do Porto de Suape, em Pernambuco, chegaram posteriormente.

Nesta sexta-feira (24), são embarcados mais de 500 contêineres cheios de produtos fabricados na Zona Franca de Manaus para exportação. Por enquanto, a capacidade dos navios está reduzida em 50%, como medida adotada para garantir a segurança na navegação. Entretanto, essa redução de carga já está em um nível similar à do mesmo período do ano passado.

O Porto Chibatão, é considerado um dos maiores complexos portuários privados da América Latina, com 1 milhão de metros quadrados, e abastece e escoa principalmente a produção do Polo Industrial de Manaus. Enquanto estava com restrições por causa do nível dos rios, o transporte de milhares de contêineres foi realizado por meio de balsas, mantendo parcialmente o fluxo de mercadorias na região.

No mês passado, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) iniciou o serviço de dragagem emergencial dos rios da região, para retirar sedimentos, terra, areia, rochas e lixo. E, assim, facilitar o escoamento de cargas e produtos. 

Neste ano, o Rio Negro registrou o nível mais baixo em mais de 120 anos de medição. As águas na capital chegaram a baixar para apenas 12,7 metros. Há exatamente uma semana, o aumento desse nível do Rio Negro é diário e, nesta sexta-feira, atingiu 13,65 metros, o maior registro em mais de um mês.