A atividade econômica brasileira cresceu no mês de maio, apesar do impacto das enchentes no Rio Grande do Sul. A informação é do Banco Central, a partir de dados mensais do IBC-Br, Índice de Atividade Econômica, divulgados nesta segunda-feira (15).
Os dados do Banco Central mostram que, na comparação com maio de 2023, o IBC-Br teve alta de 1,30%, enquanto no acumulado em 12 meses teve ganho de 1,66%.
Se o primeiro trimestre deste ano foi de crescimento no país, o BC estima que a atividade econômica no segundo trimestre vai ser afetada pela consequência das fortes chuvas que provocaram enchentes e destruição no Rio Grande do Sul, no final de abril e em maio.
Apesar das inundações terem afetado safras agrícolas, indústrias e estradas no Estado, o Banco Central avaliou que o resultado demonstra que os impactos negativos na atividade brasileira, como um todo, não serão tão grandes como se esperava.
Outro dado divulgado aponta que a atividade industrial no país caiu em maio, pelo segundo mês seguido, de 0,9% sobre abril. Esse resultado foi compensado pela alta inesperada das vendas no varejo, de 1,2%. Já o setor de serviços interrompeu dois meses seguidos de alta e registrou estabilidade em maio - resultado considerado melhor do que o esperado pelo BC.
Divulgado desde março de 2010, o IBC-Br tem como objetivo medir a evolução da atividade econômica do país e contribuir para a elaboração de estratégia de política monetária. É uma espécie de prévia do PIB - Produto Interno Bruto.
Segundo a Pesquisa Focus, realizada pelo Banco Central, a expectativa para a expansão do PIB este ano é de 2,11%, indo a quase 2% no ano que vem.