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Economia

Consumo: endividamento das famílias se mantém estável em junho

Aumento do emprego formal contribui para um cenário mais favorável
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Tatiana Alves - repórter da Rádio Nacional
04/07/2024 - 17:18
Rio de Janeiro
Máquina de cartão crédito e débito
© Marcello Casal JrAgência Brasil

O endividamento das famílias se manteve estável em junho, após três meses de alta. O percentual de brasileiros endividados permaneceu em 78,8%, o mesmo registrado no mês anterior.

Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, realizada mensalmente pela CNC, Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. O resultado aponta a estabilização da demanda por crédito pelas famílias, que demonstram mais cautela para não acumular dívidas.

Em junho, a intenção de consumo das famílias, também pesquisada pela CNC, mostrou que o aumento do emprego formal está contribuindo para um cenário mais favorável ao crédito.

Porém, segundo o Índice de Confiança do Empresário do Comércio, essa tendência é incerta, pois os empresários estão mais cautelosos com a economia e o setor nos próximos meses.

A CNC projeta que o aumento do endividamento deve continuar, com o percentual de famílias com dívidas em atraso seguindo a mesma tendência, ao longo do segundo semestre.

O levantamento também trouxe os impactos da crise climática no Rio Grande do Sul. Sem os dados do Estado, o endividamento teria recuado para 78,4%. Metade do aumento apresentado nos dados nacionais de inadimplência, de 0,2 pontos percentuais, foi causado pela alta demanda de crédito para as famílias gaúchas reconstruírem suas vidas.

Em junho, a pesquisa registrou melhora do perfil do crédito. Houve redução das famílias brasileiras que se consideram “muito endividadas” para 17,2%. Já a faixa identificada como “pouco endividadas” aumentou 0,6 pontos percentuais, para 33,7%. O grupo de famílias que não terão condições de pagar dívidas manteve o nível de maio deste ano e de junho do ano passado, 12%.

O percentual de famílias com dívidas em atraso por mais de 90 dias, chegou a 47,6% do total de endividados em junho deste ano – o maior percentual de 2024.

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