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Economia

Produção industrial brasileira cresce 4,1% em junho

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Tatiana Alves - repórter da Rádio Nacional*
02/08/2024 - 15:27
Rio de Janeiro
Produção de peças para veículos
 15/12/2016 REUTERS/Jorge Adorno
© REUTERS/Jorge Adorno/Proibida reprodução

A produção industrial brasileira registrou sua maior alta nos últimos quatro anos. Com crescimento de 4,1% na passagem de maio para junho, após dois meses de queda, o resultado é o maior já registrado desde julho de 2020, quando houve expansão de 9,1%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta sexta-feira (2), no Rio de Janeiro, pelo IBGE.

Com o resultado de junho de 2024, a indústria nacional encontra-se em nível superior ao patamar pré-pandemia:  2,8% acima de fevereiro de 2020. No entanto, fica ainda 14,3% abaixo do ponto máximo anotado em maio de 2011. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a alta é de 3,2%.

No primeiro semestre, a atividade industrial brasileira soma expansão de 2,6%. No acumulado de 12 meses, o desempenho positivo é de 1,5%.

O gerente da pesquisa do IBGE, André Macedo, explica que um dos fatores para o resultado expressivo de junho é a base de comparação, que tinha recuado 1,8% nos dois meses anteriores.

"Cabe destacar que o avanço mais acentuado observado em junho de 2024 está relacionado não só com a base de comparação depreciada explicada pelos dois meses consecutivos de queda na produção, mas também pela volta da produção de várias unidades produtivas que foram direta ou indiretamente afetada pelas chuvas ocorridas no Rio Grande do sul em maio de 2024."

Entre maio e junho, 16 das 25 atividades apuradas pelo IBGE apresentaram desempenho positivo. Os destaques ficam para a produção de produtos químicos, que subiu 6,5% e de coque (tipo de combustível derivado do carvão), derivados do petróleo e biocombustíveis, que teve alta de 4%.

Outro aumento foi no setor de produtos alimentícios, que representa 15% da atividade industrial brasileira, que avançou 2,7%, com alta na produção de açúcar, derivados de soja, suco de laranja e carnes de aves, segundo o IBGE.

Na indústria extrativa, que subiu 2,5%, os dois produtos de maior importância dentro da atividade mostraram expansões: minério de ferro e petróleo.

*Com informações da Agência Brasil 

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