Uma economia mais aquecida que o esperado e expectativas de alta da inflação por período prolongado levaram o Copom a aumentar a taxa básica de juros para 10,75% ao ano. A justificativa está na ata da última reunião, publicada hoje pelo Banco Central.
A decisão do Comitê de Política Monetária foi unânime em fazer um aperto gradual. Por isso, o aumento de 0,25%. O documento cita o cenário atual com atividade aquecida, pressão do mercado de trabalho e expectativas de inflação em alta. O economista Newton Marques diz que consultorias apontam os preços de serviços e energia como ameaças inflacionárias.
Um ponto destacado é que a economia está expandindo além do potencial, ou seja, a demanda supera a capacidade produtiva, gerando inflação. O ideal é que a economia use os recursos plenamente, sem causar alta de preços.
O Copom voltou a cobrar uma política fiscal mais firme. Afirmou que uma política fiscal com regras previsíveis e transparência e o compromisso com o arcabouço fiscal nos próximos anos são importantes para controlar das expectativas de inflação.