MAIO
Foi em maio que começou o ano letivo de centenas de alunos de Porto Velho, capital de Rondônia.
Das 12 escolas estaduais que foram usadas como abrigos provisórios para as vítimas da enchente, seis foram liberadas para o retorno às aulas.
Todas tiveram que passar por pequenas reformas para atender os alunos.
Pelo menos dez mil estudantes ficaram afastados das salas de aula durante o período mais crítico da enchente.
Ainda nesse mês, um derramamento de caulim, contaminou dois igarapés no município de Barcarena, no nordeste do Pará.
A empresa Imerys, comercializadora de caulim para produtoras de papel, foi apontada como a responsável pelo acidente ambiental.
Cerca de 80 famílias ribeirinhas foram impactadas.
O caulim é um mineral utilizado na fabricação de plásticos, pesticidas, rações, fertilizantes, produtos alimentícios e farmacêuticos, e o vazamento dele na natureza causa uma série de riscos à saúde, como alergias.
O material também pode causar a morte de animais e contaminação da vegetação.
A Imerys foi condenada a pagar cestas básicas e água mineral às famílias impactadas.
E foi em maio também a confirmação da quarta morte causada pelo vírus H1N1 este ano em Manaus.
De janeiro a maio de 2014, o Amazonas registrou quinze casos da gripe H1N1.
Segundo a Fundação de Vigilância em Saúde do estado, no mesmo período de 2013, foram três casos confirmados e nenhuma morte.
JUNHO
Em junho, todas as nações se encontraram no Brasil para a realização da Copa do Mundo. Duas cidades na Amazônia legal sediaram jogos do Mundial: Manaus, no Amazonas e Cuiabá, em Mato Grosso.
A festa ficou por conta dos turistas estrangeiros. Cuiabá, por exemplo, foi invadida por uma caravana vinda de Santiago, no Chile.
No comboio de torcedores chilenos, aproximadamente oitocentos veículos - entre carros de passeio, motocicletas e os motohomes receberam atenção especial da Polícia Rodoviária Federal.
A extensão da caravana era tão grande que a distância entre o primeiro e o último carro da fila era de quase oito horas.
Em Manaus, os turistas também marcaram presença. Mais de 120 mil pessoas, entre estrangeiros e brasileiro, passaram pela cidade.
E junto com essa entrada em massa de turistas estrangeiros no Brasil, veio a ameaça de um vírus até então desconhecido no país: o chicungunya.
Órgãos de saúde do Amapá alertavam para o risco do vírus avançar pelas fronteiras e se disseminar durante a Copa do Mundo, e começaram a traçar estratégias para barrar a doença.
De junho a outubro deste ano, 789 casos de febre chikungunya foram registrados no Brasil. Amapá e Bahia são os estados brasileiros com a maioria dos registros.
Ainda nesse mês, o Ministério da Pesca e Aquicultura publicou uma regra limitando a pesca da piracatinga.
A nova determinação diz que no período entre janeiro de 2015 a janeiro de 2020 o pescador só vai poder capturar até cinco quilos da espécie, por dia, para consumo.
Essa restrição visa preservar a população de botos da Amazônia. Isso porque a carne do boto é frequentemente utilizada como isca para atrair a piracatinga, também conhecida como urubu d'água.
Com a pesca da piracatinga limitada, o boto também fica protegido.





