Em greve desde o fim de maio, professores e alunos da Universidade Federal Fluminense (UFF) conseguiram dar um passo para garantir a suspensão do calendário escolar e a reposição das aulas após o fim da paralisação. A reitoria da universidade informou que vai levar ao Conselho de Ensino e Pesquisa (CEP) uma proposta de manter aberto o sistema acadêmico de lançamento de notas do primeiro semestre de 2015 e adiar o início do segundo semestre, que começaria após o término da greve.
A presidenta da Associação de Docentes da UFF, Renata Rodrigues Vereza, considerou que a sinalização da reitoria é um avanço, mas ainda é preciso estabelecer se a reposição de aulas vai ocorrer de maneira satisfatória.
A reitoria divulgou a nota enviada ao conselho no portal da universidade. Entre os itens da proposta está a garantia da matrícula dos candidatos já convocados e dos que ainda serão selecionados na lista de espera do processo de seleção do Sisu, no segundo semestre de 2015. A reitoria também indicou a criação de uma comissão para discutir a reposição de aulas após o término da greve. Até o fechamento desta reportagem, a assessoria da universidade não detalhou as medidas que vão ser tomadas a partir dessa proposta.
Em greve há quase dois meses, professores e alunos da UFF reivindicam a revisão dos cortes na educação pública que torna inviável o plano de obras da expansão da universidade. A pauta ainda inclui a regularização dos pagamentos de funcionários terceirizados e a reposição de perdas salariais, que, de acordo com grevistas, chega a mais de 21% nos últimos três anos.
