Fraude de 14 concursos públicos envolveu uso de pontos eletrônicos, aponta investigação
A Polícia Federal de São Paulo deflagrou nesta segunda-feira (18) uma operação que investiga fraudes em concursos públicos.
A quadrilha operava com o uso de pontos eletrônicos, usados pelos candidatos, que escutavam as respostas das questões já corrigidas. A investigação levantou que pelo menos 47 pessoas participaram do esquema, com algumas já tendo sido empossadas nos cargos concorridos. A suspeita é de que pelo menos 14 concursos tiveram candidatos no esquema.
A Operação Afronta II expediu 16 mandados, sendo dois de prisão temporária, quatro de condução coercitiva e dez de busca e apreensão, nas cidades de Campinas e Maceió. Outros candidatos foram intimados a fazer esclarecimentos em depoimento.
Se condenados, os investigados podem responder aos crimes de associação criminosa, que tem pena de 1 a 3 anos de reclusão; e fraude em certames de interesse público, com a pena de 1 a 4 anos de prisão.
Na primeira parte da Operação Afronta, realizada em 2015, nove pessoas de uma quadrilha foram indiciadas, incluindo o líder do esquema, um técnico de equipamentos, quatro responsáveis pelo desvio de provas e três corretores de questões.
Com a supervisão de Leandro Martins.