Enem tem abstenção de 51%, a maior da história do exame
Em meio a pandemia, o Exame Nacional do Ensino Médio teve a maior abstenção da história. 51% dos mais de 5,5 milhões de estudantes inscritos não apareceram no local da prova neste domingo (17). Em 2019, a abstenção foi de 23%.
O segundo ano com a maior abstenção da história foi em 2009, quando 37% dos inscritos não compareceram.
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, considerou o Enem um sucesso e responsabilizou a campanha contra a aplicação do exame durante a pandemia como um dos motivos da alta abstenção.
Sobre os relatos de alunos que não puderam fazer a prova por causa de lotação da sala, que precisava ser mais vazia para respeitar o distanciamento social, o INEP, instituto responsável pelo exame, informou que foram identificados 11 locais de prova com mais alunos que o permitido, nas cidades de Florianópolis, em Santa Catarina, Curitiba e Londrina, no Paraná, além das cidades gaúchas Pelotas, Caxias do Sul e Canoas.
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse que nenhum aluno será prejudicado e que quem teve algum problema de logística poderá fazer a prova nos dias 23 e 24 de fevereiro, na reaplicação do exame.
Farão a prova em fevereiro ainda os 160 mil inscritos no estado do Amazonas, mais os cerca de 3 mil alunos dos municípios de Rondônia, Espigão do Oeste e Rolim de Moura. Esses locais tiveram a prova suspensa ou por decisão judicial ou por decreto das autoridades locais, devido a pandemia do novo coronavírus.
O Enem realizado nesse domingo registrou ainda 2.967 candidatos eliminados por desrespeitarem as regras do exame, como portar equipamento eletrônico ou não seguir as instruções do fiscal da prova.
Outra novidade deste ano foi a possibilidade de o estudante remarcar a prova caso esteja com sintomas ou confirmação de doença infecciosa, como a covid-19. Foram mais de 10 mil pedidos de reaplicação de exames para alunos que alegavam algum problema de saúde, sendo pouco mais de 8 mil pedidos deferidos pelo INEP.