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Educação

Campanha estimula a conversa para evitar gravidez na adolescência

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Tatiana Alves - Repórter da Rádio Nacional
08/07/2021 - 17:42
Rio de Janeiro

Reunir estudantes para combater a desinformação sobre prevenção à gravidez na adolescência, a partir de um diálogo simples, dinâmico e confiável.

É o que pretende a campanha #ProntosParaEssaConversa, realizada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz e a Prefeitura de Niterói.

Segundo Wilson Borges, coordenador do Laboratório de Comunicação e Saúde, da Fiocruz, o projeto tem uma comunicação diferente da usualmente veiculada. A ideia é fazer a propaganda ser tratada como uma linguagem mais usual e por isso é produzida pelos próprios alunos.

Para uma comunicação mais eficaz, a campanha adota o formato de storytelling – técnica usada para contar histórias  – na voz de quatro personagens fictícios: os adolescentes Nanda, Rafa e Edu, além de Lia, uma professora de biologia.

Os personagens esclarecem dúvidas comuns sobre relações sexuais, métodos contraceptivos e gravidez. Além de textos, a campanha traz conteúdos multimídia, incluindo vídeos e podcasts.

Dados da Organização Pan-Americana de Saúde revelam que a cada mil adolescentes entre 15 e 19 anos, 44 vivenciam a maternidade.

Já no Brasil, segundo o IBGE, em 2019, de cada mil adolescentes entre 15 e 19 anos, 59 se tornaram mães. Esse é o caso de Larissa da Veiga, de 19 anos, que engravidou aos 18 anos. Ela acredita na importância da comunicação transparente para conscientizar os mais jovens. Para ela, falta informação para os jovens sobre preservativos e métodos contraceptivos, além do estímulo à troca de informações entre os próprios jovens compartilhando suas experiências.

Com custo zero, o projeto faz parte das iniciativas de extensão da UFRJ. O trabalho é feito pelos alunos de Publicidade, Jornalismo, Radialismo, Belas Artes e Serviço Social.

Uma das propostas é desconstruir o estigma das mulheres como vítimas ou culpadas pela gravidez na adolescência e trazer os homens, igualmente responsáveis pela gravidez precoce.

Todo o material veiculado pela campanha #ProntosPraEssaConversa pode ser encontrado em www.compasso.eco.ufrj.br

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