As salas de aula do 1º ano do ensino fundamental da rede pública do estado de São Paulo, que tiverem mais de 30 alunos, vão ter dois professores. O anúncio foi feito hoje, em entrevista coletiva, pelo secretário estadual da Educação, Rossieli Soares.
A decisão foi tomada após a secretaria decidir colocar mais de 30 alunos por sala para tentar atender às crianças que não conseguiram ser matriculadas na rede pública e estão hoje em uma fila de espera.
De acordo com o secretário, São Paulo tem escolas em que o limite de módulo era de 30 alunos e passou a ser de 33, por exemplo. Nestes casos, para atender e manter a qualidade, a secretaria contratará professores extras.
Segundo o secretário de Educação, se houver necessidade, o governo de São Paulo pode inclusive buscar novas vagas na rede particular. Todas as medidas serão feitas para não deixar as crianças sem escolas.
Ontem, o Ministério Público estadual se reuniu com as secretarias de Educação estadual e municipal de São Paulo e com a Defensoria Pública para tratar da questão.
Segundo o governo, a demanda aumentou neste último ano por causa dos impactos da pandemia de covid-19. Com a crise econômica causada pelo surto sanitário, muitos pais não conseguiram manter os custos da escola privada e passaram seus filhos para a rede pública.
Ao Ministério Público, o governo informou que já conseguiu atender parte das 5.040 crianças que estavam aguardando para serem matriculadas. Hoje, a fila de espera por uma vaga conta com 2.614 alunos. A previsão é que todos sejam atendidas até o dia 20 de fevereiro.