Pesquisadores da Unesp de Araraquara desenvolveram um kit feito de madeira MDF que facilita o ensino da tecnologia de edição genética, chamada de CRISPR-CAS.
As desenvolvedoras dessa tecnologia Emmanuele Charpentier e Jennifer Doudna ganharam o prêmio Nobel de química em 2020.
O mestrando Guilherme Kundlatsch da faculdade de ciências farmacêuticas e desenvolvedor do kit explicou onde é utilizada a tecnologia CASPR atualmente e quais as perspectivas futuras.
O kit feito de madeira MDF é uma espécie de quebra cabeça com peças que se encaixam representando elementos da célula como ribossomos, aminoácidos, moléculas de DNA e RNA. Atualmente esse kit está sendo usado no ensino de genética e bioquímica para 100 alunos do ensino médio em São Carlos, interior paulista.
Neste semestre os alunos aprenderam esses conceitos em aulas no laboratório, teóricas e com o uso do kit. Um relatório com os resultados será concluído daqui a um mês.
Guilherme Kundlatsch explicou que o feedback preliminar dos estudantes foi positivo e que eles conseguiram compreender de forma mais clara os conceitos da genética.
O pesquisador afirmou que, no futuro, o modelo do kit deverá ficar disponível online para que qualquer pessoa possa produzi-lo. O custo do material é relativamente baixo, entre R$ 40 a R$ 50.